segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Trajada de ti



Parto sem olhar para trás
Comigo levo a saudade
O sofrimento, a solidão…
Ausento-me para encontrar-te
Numa outra dimensão
Em novos paralelos de mim
Transvazando a dor
Na terra remexida e húmida
Em jardins esquecidos
De flores murchas e orvalhadas
Em labirintos desconhecidos
Onde habitam os fantasmas de mim
Na noite cerrada e enegrecida
Desta ilha longínqua
Desconhecida de si
Deambulo desnuda
De secretos tesouros
Mas trajada de ti

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