quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Penduro os beijos estéreis


Penduro os beijos estéreis no varal dos meus olhos
calço as luvas róseas das palavras vibrantes
abrevio o pensamento e voo em dilúvios de azul
que cobre  a incúria da minha alma deslizante

São voos mergulhantes no precipício nú do tempo
nas charneiras húmidas do meu corpo,  frio
onde o fermento do poema brônzea,  a calidez da pele

E os rasgos de ternura torneiam os anéis da alma
num vaivém de caricias áureas de cor, perfumando
de aromas doces, as sombras de corpos selvagens      

Escrito a 24/07/16