Voo até que as asas se
quebrem
até que não haja mais dia, nem
noite,
até que o vento esvoace o pó rubro do corpo
levitando na agrura dum sono meu
é o fonema da alma do corpo
sagrado
dos angélicos sonhadores, despidos de pele
num ancorado rebordo da mente lívida
Será a poesia petrificada dum
ensejo nominal
vigoroso voo,
na ultima caminhada perto do céu
rascunho de azul,
perdido no eco purpura do som
melodia de pássaros enfaixados
nas nuvens escorreitas
à luz da matina, lusco-fusco,
dum horizonte longínquo
num eco sonoro de bramidos tons,
debaixo das cores que cobrem
o meu corpo,
num reflexo tardio que se perdeu
Escrito a 19/01/14