terça-feira, 16 de junho de 2009

A noite cavalga no meu peito

A noite cavalga no meu peito
Neste peito prensado de luar
Galopando o meu corpo vagueia
Na arrojada essência de ficar

Percorro as areias movediças
Em equilibrados saltos mortais
Sinto-me um mero saltimbanco
Em plenas acrobacias sequenciais

Voo no prolongamento do tempo
Nos braços da divina loucura
Estonteando o meu corpo sedento
Orvalhado-o de suave ternura

A noite morre à beira do sol
Nas madrugadas sequiosas de cor
E nos meus olhos impregnados
O gosto salgado do teu sabor