para alem da
noite,
na insipidez da
brisa que beija o silencio
em que se embebeda
o corpo,
num destilar de
paixão, no areal das horas frias
Já não possuo a
limpidez dos versos
nem me visto de
calidez primaveril
sou somente o
cogitar de quimeras
na longura alva do
tempo em que me sinto tua
São dos meus
passos a marca da vida
dos prados verdes
em que me percorro, lassa
num encaminhar de
palavras,
de imensas filas
de folhas vazias, perdidas
na brandura rubra
dos meus dedos famintos
São dos meus
passos a marca da vida
com que olho o
interior do tempo que me aprisiona
e faz-me sentir tão tua
Escrito a 22/02/14