sábado, 3 de dezembro de 2011

Louco poema

Na quietude
clandestina da noite
voarei, subirei ao cosmos
e lá na minúscula luz da estrela,
poetarei

[disse-te]

Esvaziarei as mãos de palavras
e dos dedos as rimas
onde se soltarão os suspiros
enlaçados
de amantes fonemas

nos cativos lábios do dia
adormecerei
e nos braços do sono
no raiar de algures…
se soltarão as algemas
uma a uma
nos versos da utopia

Furibundo brotará
no entreolhar das pálpebras
o sonho
emerso no fogo da vida

E no esvoaçar dos vocábulos
entoarei num suave poema
a louca fantasia.


Escrito a 25/11/11