sábado, 18 de setembro de 2010

Faço de ti “poesia”



















Faço de ti “poesia”
o meu sustento
a minha crença do dia a dia
a minha arma, o meu lamento
o meu gemido, a minha fantasia

Faço de ti, o leito do meu sossego
o vento da minha tempestade
a seiva do meu carinho
no teu corpo versado

Faço de ti a taça de bom vinho
bebido no acto da embriaguez,
nas curvas do meu caminho,
no meu eterno destino

E lá, onde arde a desdita
faço de ti a minha guitarra,
a canção do meu bailado
o traje da minha memória
o meu destemido fado

Faço de ti “poesia”a minha saudade
a minha querença, a minha infinidade

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Infecunda liberdade
















A vida pariu o destino
abandonou-o meigamente
na janela aberta do SER
tatuando com lágrimas e risos
a brochura da alma
aprisionando-a
na liberdade de ser

Mas o SER
bastardo engravidou
de infecunda liberdade

A terra escureceu
E a vida tornou-se sombra

Torna-me imortal














Abraça-me assim… bem forte
faz-me sentir a minha própria pequenez
mostra-me a efemeridade de ser corpo
torna-me imortal na mortalidade dos sonhos
deixa-me provar o sabor da tua essência
fica comigo nesta amência permanente
neste tropeçar sôfrego de ser tempo
e mostra-me o casulo do alvorecer
no murmurar ínfimo dos dias

Abraça-me bem forte e no silêncio do vento,
o eco do teu olhar sussurra-me

Estou aqui, sente-me