segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Nos meandros da saudade

O corpo ergue-se da penumbra de si
Imola-se nesse fogo que também é seu
Emerge nas profundezas do oceano
Por um vendaval que irrompeu
Do livro docemente oculto
Pelos meandros da saudade
Inquieta-se, silenciosamente
Por alguém que sobreviveu
Ao naufrágio constelar
De uma vida renascida
Que não sabe porque sofreu

Queda-se quieto na noite
Meigamente permanece
No reflexo do olhar
Um rosto resplandecendo
Na pulcritude do luar
Abrilhantando a noite
De um ser que chora
Em orvalhos cristalinos
Deslizando suavemente
Pelo corpo proscrito
Sequioso de carinho


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