segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sopro suave
























Escorrem pétalas orvalhadas
no roseiral da esperança ressequida
adubam os canteiros carentes,
de raízes puras rejuvenescidas.

Entrelaçam o túmulo da dor,
decompondo-se em aromas
exaladas no peito em furor

No horizonte amanhecido,
em amalgama de tons coloridos
emergem sombras obstinadas
relampejando nos olhares fugidios

O tempo envelhecido perde-se
nas memorias empoeiradas de dor
anseia-se o sopro suave
pincelado na tela vazia de cor.

sábado, 25 de julho de 2009

Ah! vontade…vontade,

Ah! vontade…vontade,
apertas sofregamente as mãos,
nesta insana ternura,
percorres o labirinto do tempo,
entre os poros humedecidos
e lá onde as palavras brotam,
sorves a doçura proibida
do mel purificado do prazer

Ah! vontade…vontade,
pára …petrifica
nas entranhas inflamadas
do querer,
repousa
na obscuridade da noite
onde, nem a sombra do tempo
se atreva a te ter

Ah! vontade…vontade,
falece e jaz
no sepulcro do teu ser.