sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Visto-me de poesia


















Visto-me de poesia
Do mais belo traje que há
Caminho no jardim perfumado
Onde a vida acontece
Mesmo ali, ao meu lado

Cubro-me de lirismo
Do vermelho das rosas renascidas
Mergulho no pólen da vida
Onde brotam as palavras sentidas

Das palavras adubo a alma
No semear de versos enaltecidos
Na certeza certa de desbravar
Recantos ingloriamente escondidos

Vagueio ávida pelas palavras
Como um estranho vagabundo perdido
Bebendo em cada sílaba lavrada
O doce veneno proibido

O eterno de nós













Neste tempo, neste mundo
somos o que somos,
um pouco de nós

Na pertença do cosmos
somos o verdadeiro nós
esse que perseguimos
no eterno de nós

Neste instante, aqui…
existe um pouco de nós
na ambivalência das coisas
onde o equilíbrio
desequilibrado
equilibrante
reina, no reino da vida

Aqui…
neste preciso momento
tu és o que és
eu sou o que sou
e o nós… quase não existe

Mas lá….
o tu não existe
o eu não existe
e o nós prevalece
na união de todas as vidas