sábado, 21 de maio de 2011

“Diz que me amas… pediste-me amor”















“Diz que me amas… pediste-me amor”


Na plenitude que oxigena o meu ventre
ânsia de ti….amo-te
neste desatino constante em te ter
em cada milésimo de segundo que te penso
….que te tenho
nos passos hesitantes que deixo marcados
na estrada da vida
nos dedos que afagam a almofada
onde descanso o cansaço do meu rosto
quando não te tenho

Amo-te
no desenho colorido
com que traço o salgado do teu corpo
no brilho do meu olhar que banha os teus
com a cor que se pintam os sonhos

Amo-te tão-somente, assim
na simplicidade com que te bebo
em inundações de sentires crepitantes
afogueando-me na avidez de ti, amor.

Sentes-me?

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Tremular das pálpebras
















Quando brotam gritos
assim… da palma das mãos
dos dedos que cantam
em olhos que se declinam
no tremular das pálpebras
nas lágrimas pousadas no corpo nú

Quando as horas se alongam
nas demoras bravias
das noites adormecidas
no recanto da estrada ….fria

E quando o sol espreitar
preguiçoso na linha do horizonte

Tu apareces na fragilidade de mortal
imergir-me no calor dos teus silêncios
assim …. Inebriantemente
e no calar das horas, amas-me…

Depois… sem pudor
vais-te nos silêncios aguçados
de fera amansada
cativo do orvalhar da noite

E as gotas deslizam
nas palmas das mãos
brotando vagidos,
em dedos que cantam
a eterna canção