domingo, 19 de dezembro de 2010

Na geometria da vida

Na baia do teu peito
há um refúgio
uma vaga que embala
as insónias cativas de ti,
uma luz que cinzela
o fulgor do teu olhar,
um ponto que me atrai
uma recta que acelera
o fim do meu cansar

Na geometria da vida
uma esfera perdida
num eixo desviado
d`uma terra carecida
um sepulto florido
d`um jardim escondido
num tempo invertido
um quadrado alongado
d`uma estrada pedregosa
em bermas amortalhadas

E uma meta desconhecida
sinuosa… sob o brilho constelar