
Sinto-te num poema inacabado
Nas palavras que não escrevo
No bater do meu coração
No gemer das cordas de um violino
Sinto-te na imensidão do mar
Nas gaivotas planando
Nos pássaros entoando
Nas noites frias de luar
No sono não dormido
No amanhecer matizado
No salpicar das ondas
Sinto-te no olhar cansado de um doente
No riso de uma criança
Na carícia das minhas mãos
No meu olhar enaltecido
Sinto-te neste meu fado vivido.