sábado, 2 de janeiro de 2010

Náufrago deste (a)mar














No rio obscuro da vida
existe um barco á deriva
nas aguas paradas no tempo
deste tempo que se perde
na sombra das tuas brumas

O barco desliza inquieto, ávido
espera a luz do amanhecer,
onde o sol seque a humidade
que goteja perene de querer.

São tantas as gotas gotejadas
e tantas as fragrâncias exaladas
que em arrojado ondular desliza,
nas pacatas águas da vida
o barco náufrago, deste (a)mar

(E lá… )

Onde se funde o rio e o mar
na meiguice de um raio de luar
tu barco, deixarás de te perder,
descobrirás os teus velhos remos
e nos braços de um renovado ser
permanecerás firme, pungente,
neste rio que o destino
não quer ainda destruir

1 comentário:

sei lá! disse...

Viver, é um desfio constante, é saber onde e como encontrar os remos,ir de encontro ao destino mesmo num barco à deriva..

Parabéns!