sábado, 5 de julho de 2008

Não consigo deixar de poetar

As nuvens deslizam suavemente
Pelas encostas escarpadas
Nebulizando o verdejante
Do arvoredo primaveril
O azul do céu espreita timidamente
A serenidade é exímia
A plenitude invade-me
Não consigo deixar de poetar
A paz fugaz é sedutora
Meus olhos secam do mareje ocular
A brisa fresca arrepia-me a pele
As árvores agitam-se
dançando ao sabor do vento
Como se me quisessem encantar

(murmurando docemente)

visualiza a nossa beleza
Sente dentro de ti a nossa força
Liberta-te e saboreia a vida
que ainda tens para viver
transmuta para o papel sequioso
o que a alma sente
e a razão já não quer rejeitar

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