segunda-feira, 14 de julho de 2008

Insanidade

Perco-me
nos caminhos impetuosos
do teu corpo febril

Analiso cada palpitar
desse teu louco coração
Elaboro tecnicamente
um diagnóstico concludente

Insanidade

que deprava deliberadamente
o meu corpo imprudente

(Tu doce veneno, chamado paixão)

Odores penetrantes flutuam no ar
Mãos vibrantes movem-se suavemente
Olhos ávidos penetram-se
Bocas sequiosas murmuram-se
Rostos inflamados incendeiam-se
A proximidade é embriagante
Trôpegos os corpos agregam-se

A noite delonga-se
adiando o amanhecer
Os cumes das árvores
embaladas pela brisa nocturna
Docemente entoam cânticos

E os corpos permanecem
alheados…. insanos

2 comentários:

ROSA E OLIVIER disse...

"eres como la noche, callada y constelada."...!?...

Saluto mille!

Vivências & Experiências disse...

Ola amiga (luso-poemas) rsss,muito belo o poemas parabéns...big abraço!!!