quarta-feira, 4 de março de 2009

Volúpia


O clarão ilumina-se na calada da noite
num retumbar de explosivas sensações
rasgando as vestes que cobrem
o meu corpo flamejante de ti

A chuva docemente inunde-me
em carícias perfumadas de timidez
numa volúpia incontida de querer

A chama intensa extravasa
o meu olhar lânguido de desejo
O vento irrompe no pensamento
em temporais de idealização
A neblina afaga-me vagarosamente
em danças de desnudo prazer
A terra humedecida estremece
num prolongamento sísmico de mim

E o sol, ah o sol
aquece-se sofregamente
da ternura e êxtase exaladas
embebendo a terra de imenso prazer
numa exultação incontida de ser…..

6 comentários:

Delfim Peixoto disse...

Bom gosto musical
O Poema é condicente com o título; gostei!
Abraço ou bj

Sonia Schmorantz disse...

Um belo e ardente poema, sem dúvida.
beijo e um lindo dia

Eu disse...

Hoje decidi visitar todos os blogs que acompanho.

E é com imenso carinho que
venho lhe desejar
um belo final de semana

Um abraço carinhoso

Haere Mai® disse...

Palavras proibidas

Procuro nas palavras os cheiros e sabores
nos orvalhos das madrugadas de ti
Sinto cada silaba como doce beijo
No teu corpo ardente

Perco-me nas palavras despertas em sons madrigais
Ofereço-te o meu âmago, o meu cerne crescente
palavras gritadas que recusas no intimo
Embriagado de sonolência da verdade

Porque recusas a palavra doce e pura
olhos cerrados ao mudo coração ensurdecido
Quero-te na brevidade de todas as coisas
Nas quimeras exaladas de cores triunfais

Não me peças mais palavras ímpias
Perderam-se debaixo do sal da tua pele
Todas que murmuras-te ternamente
Foram aquelas que jamais te direi.
--
beijo azul@

Carla Ribeiro disse...

Belo poema, forte e profundo. Gostei!

mianna disse...

GOSTEI DESTE POEMA,PARABÉNS...
BJS MIL,FEITIÇO DA LUA.