segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Analfabetos do saber

A Madrugada aproxima-se
Lentamente despede-se a noite
Desbotam-se as luzes artificiais
O silêncio segreda-me de ti
Recordação idílica em mim

Na quietude da noite fria
Corações doloridos dormitam
A noite alonga-se aqui…
Onde meu corpo cansado permanece
Alerta, vigilante, velando por ti
Gente … simplesmente gente
Corpos imperfeitos, falências vitais
Em urgências primordiais
Protegendo a vida da vida efémera de nós

Sonhos desfeitos, reflexões necessárias
Desejos castrados no tempo que se perdeu
Esperanças renascida, olhares agradecidos
Vozes tremulas, carências ausentes
Peito doloroso, ardente por ti

O sol nasce soalheiro do universo
O dia amanhece e com ele o futuro presente
Joguetes em um puzzle inventado pela vida
Pré destinado em ti, em mim, em nós
Visíveis nas forças cósmicas
Esboçados no livro grosso da vida
Com tinta imperceptível
E reescrito por nós
Analfabetos do saber

Escrito a 3/01/09

2 comentários:

Anónimo disse...

Que posso dizer que já não teha dito?...

Apenas que é digno de um bis em aplauso da minha alma...

Sonia Schmorantz disse...

Talvez a nova semana tenha dificuldades, ainda assim haverá alegrias...
Talvez a nova semana tenha preocupações, ainda assim haverá soluções...
Talvez a nova semana traga alguns atritos, ainda assim trará o desafio do aprendizado do convívio...
Talvez não seja exatamente como a queremos, mas podemos nos surpreender e alegrar com o que nos trará.
Tomemos a nova semana com disposição de vivê-la do melhor jeito, de abraçar a parte feliz e de aprender com o que contrariar a nossa expectativa.
Tenhamos boa vontade com a nova semana e um sentimento de profunda gratidão à vida.
Um abraço