quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Saudade


Além…onde as gaivotas grasnem
e o lusco-fusco abraça os montes

Lá…onde o silencio dos silêncios
grita silêncios confusos

Ao longe…onde o vento beija
os cumes adormecidos

O olhar geme … errante
no lapido fogo corpuscular
e liberta-se em fios de água
translúcidos de poesias ímpias,
esvoaçantes rasgando o horizonte
perdidas….nas tonalidades coloridas
de que são feitas as cores profundas
do profundo sonho

Algures no monte longínquo
onde o olhar desnuda
o galope do pensamento
o céu e a vida une-se na cor do desejo
liberto das profundezas da pele
no orvalho da selvática cor.

Saudade

Escrito a 20/09/11

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