segunda-feira, 25 de abril de 2011
Voa para alem do limbo
Teço gerberas no teu corpo nú
em rotas bravas de sol e maresia
decanto o sabor selvagem da tua boca
em lábios de cristal embriago-me
no canto da cama por fazer
É o sol que penetra em carícia na pele
lavra a terra infecunda, carente…
ameiga as tempestades silenciosas
inunda os peitos de açucenas mil
E num voo precipitado, amamo-nos
no silêncio do mundo, falamo-nos
assim…. em sussurros espasmódicos
nos murmúrios imperceptíveis das bocas
Delineamos os contornos dos corpos
em mapas celestiais, sucumbimos mortais
em grades momentâneas, aprisionamo-nos
neste amor falcão…..liberto no rio da vida.
Gosto-te, sinto-te, liberto-te na eternidade da alma
Voa para alem do limbo, meu amor tempestade.
quinta-feira, 14 de abril de 2011

Composta por dez contos de diversos escritores madeirenses como Francisco Fernandes, Octaviano Correia, António Cruz, Elmina Teresa, Inácia Vasconcelos, Isabel Fagundes, Laura Jardim Maciel, Lídio Araújo, Susete Rodrigues e Liliana Jardim, este é a 5.º obra da colecção “Heróis à Moda de…”.Editada pela “Lugar da Palavra Editora” e coordenada por João Carlos Brito, esta colecção pretende juntar o humor ao rigor académico, contribuindo para a preservação da língua, dos regionalismos, das gírias, dos falares marginais, com textos que primam pela boa disposição.
“Heróis à Moda da Madeira” teve a coordenação de Susete Rodrigues e sucede a “Heróis à Moda do Porto”, a “Heróis à Moda do Alentejo” e “Heróis à Moda de Lisboa” e ainda, fora de colecção, a
“Francesinhas à Moda do Porto”. “Minho e Trás-os-Montes” e o “Grande Dicionário dos Falares Marginais” são os próximos títulos deste projecto, que deverão ser lançados até 2013
Um trabalho inovador que inclui ainda um “Dicionário do Vilhão”, em que estão compiladas cerca de 800 palavras e expressões bem típicas da Madeira como «Diache, isto vai dar no porco», «Dou-te uma batata nas arcas que te viro!», «Estepilha, que me vai dar a chorrica!», «Nã se vê um mosquito nas desertas», «És uma bilhardeira!» ou «Vou apanhar a abelha pró Monte».
Sofia Lacerda
Um trabalho inovador que inclui ainda um “Dicionário do Vilhão”, em que estão compiladas cerca de 800 palavras e expressões bem típicas da Madeira como «Diache, isto vai dar no porco», «Dou-te uma batata nas arcas que te viro!», «Estepilha, que me vai dar a chorrica!», «Nã se vê um mosquito nas desertas», «És uma bilhardeira!» ou «Vou apanhar a abelha pró Monte».
Sofia Lacerda
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Apetece-me…amar-te
Apetece-me beijar-te
sugar os silêncios profundos
e libertar as palavras trancadas no baú
da sapiência
Apetece-me abraçar-te, expirar
o ultimo folgo que te torna frágil
e lapidar-te diamante
nas minhas mãos estrelícia
Apetece-me soltar os nós
tornar-te Apolo
talvez assim me encontrasses
à luz da candeia que me ilumina
nas noites em que te procuro
Apetece-me olhar-te
transformar os teus olhos
em estrelas esvoaçantes
relampejando os sonhos teus
Apetece-me tocar-te
bordar-te em lençóis de cetim
com os fios delicados da vida
tatuagens febris da minha
própria amência
Apetece-me……amar-te
sugar os silêncios profundos
e libertar as palavras trancadas no baú
da sapiência
Apetece-me abraçar-te, expirar
o ultimo folgo que te torna frágil
e lapidar-te diamante
nas minhas mãos estrelícia
Apetece-me soltar os nós
tornar-te Apolo
talvez assim me encontrasses
à luz da candeia que me ilumina
nas noites em que te procuro
Apetece-me olhar-te
transformar os teus olhos
em estrelas esvoaçantes
relampejando os sonhos teus
Apetece-me tocar-te
bordar-te em lençóis de cetim
com os fios delicados da vida
tatuagens febris da minha
própria amência
Apetece-me……amar-te
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Na cama feita do presente
Na cama feita do presente
em lençóis imprudentes
ondeiam-se os corpos
olvidados de tudo
e no tudo que nos cerca
metamorfoseamo-nos
em sinfonias de amor na
liberdade de existirmos
em dádivas …..frementes
Nos olhares semi-serrados
de delicados solfejos
a minha boca sôfrega
….. selvática,
anseia teus lábios gulosos
….de querer
Os rostos aprisionados
no silêncio das bocas
lêem-se carentes…. desnudos
num espaço sem tempo de ser
Sentem-se os corpos em voos alados
cobertos pelo entardecer
E a tarde cai fria nos lençóis ….vazios
mas o aroma do prazer permanece bravio
na alvorada do nosso próprio viver
em lençóis imprudentes
ondeiam-se os corpos
olvidados de tudo
e no tudo que nos cerca
metamorfoseamo-nos
em sinfonias de amor na
liberdade de existirmos
em dádivas …..frementes
Nos olhares semi-serrados
de delicados solfejos
a minha boca sôfrega
….. selvática,
anseia teus lábios gulosos
….de querer
Os rostos aprisionados
no silêncio das bocas
lêem-se carentes…. desnudos
num espaço sem tempo de ser
Sentem-se os corpos em voos alados
cobertos pelo entardecer
E a tarde cai fria nos lençóis ….vazios
mas o aroma do prazer permanece bravio
na alvorada do nosso próprio viver
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