domingo, 10 de outubro de 2010

Na palma da minha mão


















Na palma da minha mão
há o reflexo lapidado de um olhar,
desse olhar que se perde
no interstício da alma minha,
há um tudo e um nada,
como a vida que desliza
na ponta da asa de uma gaivota cega

Na palma da minha mão
há um sonho, uma estrela dançante
num olhar gotejante
de corpúsculos cristalinos de sal,
torrente fluindo num pedaço de mar
do teu mar, pertinho de ti

Na palma da minha mão
tatuado a lume e lágrimas,
há um diamante, enobrecido pelo tempo
um tempo vão… forçado… o teu

Na palma de uma mão
na lonjura das vagas marinhas, sem nexo…
há um olhar vazio….. falho de algo...
de mim

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