terça-feira, 8 de setembro de 2009

Ouves-me?
















Sinto-te
nesse desespero que te consome
nos trilhos das noites ensombradas
pelas memórias resguardadas
no mísero grito do tempo

Queima no meu peito
a tua impotente ânsia
de renascer nas asas do infinito
onde o horizonte acalma
o olhar que fenece
no orvalho das fontes

Rompe as algemas
que te acorrentam
aos fantasmas do passado
perdido na porta entreaberta do tempo

Solta-te dos escombros arcaicos
que asfixia a plenitude de seres
como te quero contemplar
â luz das gastas velas,
que perpetuam
nas janelas da minga alma

Penetra no íntimo inexplorado,
sente os pulsares virgens
do renascer da dor que te pariu
e que te fez ser

Agarra o tempo, que o tempo te dá
e respira a paz do meu anjo
que permanece em mim,
no etéreo de ti
num tempo sem fim

Ouves-me?…

3 comentários:

Anónimo disse...

Que Linnndo!!!

Estive aqui e gostei muito... Parabéns!

Abraços
Glória

O CANTO DE MARIA disse...

Que poema forte e ao mesmo tempo
doce.....
Amei seu blog.
beijos meus

Fê blue bird disse...

Profundo e libertador. Acho que o seu Blogue revela uma personalidade
cativante e inspiradora parabéns.
Quando puder gostava muito de saber a sua opinião acerca do meu "cantinho" Um beijo
Fê-Blue Bird
http://sotepeco5minutos.blogspot.com/