Crivo-me
de ansias, no limiar do desejo
sinto-te
raiz enroscada no meu corpo
em
seiva bruta despetalo-me febril
num abraço profundo em teu dorso
esvoaça-me
asas de beija-flor, tremulas
no
enroscar da face um beijo suave
e
estremeço qual flor lançada ao vento
no
estio rubro de madrugadas quentes
ato
gemidos num mapear de caricias
no entrelaçado húmido dos poros
da
pele una dos corpos distantes
e
num rodopiar de versos alados
reescrevo
em paginas emprenhadas
a
melodia deste meu triste fado
Escrito
a 28/01/14