Escorrem pétalas orvalhadas
no roseiral da esperança ressequida
adubam os canteiros carentes,
de raízes puras rejuvenescidas.
Entrelaçam o túmulo da dor,
decompondo-se em aromas
exaladas no peito em furor
No horizonte amanhecido,
em amalgama de tons coloridos
emergem sombras obstinadas
relampejando nos olhares fugidios
O tempo envelhecido perde-se
nas memorias empoeiradas de dor
anseia-se o sopro suave
pincelado na tela vazia de cor.