Hoje, sento-me à beira do abismo
Olho a rocha escarpada
Perpendicular ao mar
Esse mar revolto que me atrai
Hipnotizada sinto o anjo negro
Num abraço de morte
O negrume penetra minhas entranhas
Meus olhos raiados de breu não te vêem
Raízes seculares sugam a água da encosta
Meus pés desnudos estáticos
Pisam os espinhos das rosas mortas
No céu as nuvens pardacentas
Cobrem-me de saudade
Na minha mente imagens pintadas de sonhos
Rasgam-me a alma como garras felinas
O meu corpo alado ergue-se
Pronto a arrojar-se
No escarpado negro da morte
Minha mente hesita
Meu corpo estremece de desejo
É tão fácil voar até ao mar
Permanecer voando no infinito
Não sofrer, não pensar
Olho a rocha escarpada
Perpendicular ao mar
Esse mar revolto que me atrai
Hipnotizada sinto o anjo negro
Num abraço de morte
O negrume penetra minhas entranhas
Meus olhos raiados de breu não te vêem
Raízes seculares sugam a água da encosta
Meus pés desnudos estáticos
Pisam os espinhos das rosas mortas
No céu as nuvens pardacentas
Cobrem-me de saudade
Na minha mente imagens pintadas de sonhos
Rasgam-me a alma como garras felinas
O meu corpo alado ergue-se
Pronto a arrojar-se
No escarpado negro da morte
Minha mente hesita
Meu corpo estremece de desejo
É tão fácil voar até ao mar
Permanecer voando no infinito
Não sofrer, não pensar
Apenas voar, sem passado
Sem presente, sem futuro
Sentindo a alma navegar
Ao sabor da brisa divina
Ah! como é tão fácil
Morrer e não pensar.
Atiro-me feliz
Nos braços negros do vácuo
Sucumbo mais e mais
Sem gritos, sem dor
Seduzida pela pulcritude do limbo
No limite do teu desespero existencial, é isso que sentes, tu que queres morrer? Interrogo-me perplexa, sem respostas e tu amigo que lês este poema sabes responder?
Porque desiste de viver aqueles que se suicidem?
Que desespero tão profundo os levam a querer morrer, será mais fácil desistir ou lutar pela vida? Reflecte, analisa e conclui ….
Sem presente, sem futuro
Sentindo a alma navegar
Ao sabor da brisa divina
Ah! como é tão fácil
Morrer e não pensar.
Atiro-me feliz
Nos braços negros do vácuo
Sucumbo mais e mais
Sem gritos, sem dor
Seduzida pela pulcritude do limbo
No limite do teu desespero existencial, é isso que sentes, tu que queres morrer? Interrogo-me perplexa, sem respostas e tu amigo que lês este poema sabes responder?
Porque desiste de viver aqueles que se suicidem?
Que desespero tão profundo os levam a querer morrer, será mais fácil desistir ou lutar pela vida? Reflecte, analisa e conclui ….
7 comentários:
Liliana, este poema, emociona, quer pelo tema abordado, quer pela beleza das palavras utilizadas.
Já tinha lido este poema, mas não me canso
Um beijo
Dolores
As vezes é preciso ter coragem para desistir...
Voar, voar, é preciso!
Com a crise que a gente atravessa as asas tão gastas e tão sem combustível, está difícil...
Vídeos e poema muito lindo. Goste da forma como as palavras conseguem tocar o leitor. ESpaço agradável.
Beijinhos
Caderno da Alma
LISBOA - PORTUGAL
Olá!
A Madeira não pode ser «O Jardim». A Madeira «é UM jardim». E o resto são tretas. Gosto muitíssimo da Madeira, mas não gosto absolutamente nada de zulus...
Cheguei a este blogue através de outros que costumo visitar e neles postar comentários. Cheguei, vi e… gostei. Está bem feito, está comunicativo, está agradável, está bonito – e está bem escrito. Esta é uma deformação profissional de um jornalista e dizem que escritor a caminho dos 67…, mas que continua bem-disposto, alegre, piadista, gozão, e – vivo.
Só uma anotaçãozinha: Durante 16 anos trabalhei no Diário de Notícias, o mais importante de Portugal, onde cheguei a Chefe da Redacção – sem motivo justificativo… pelo menos que eu desse com isso… E acabo de publicar – vejam lá para o que me deu a «provecta» idade… - o me(a)u primeiro livro de ficção «Morte na Picada», contos da guerra colonial em Angola (1966/68) em que, bem contra vontade, infelizmente participei como oficial miliciano.
Muito prazer me darás se quiseres visitar o meu blogue e nele deixar comentários. E enviar-me colaboração. Basta um imeile / imilio (criações minhas e preciosas…) e já está. E se o quiseres divulgar a Amiga(o)s, ainda melhor. Tanto o blogue, como o imeile, tá? Muito obrigado
www.travessadoferreira.blogspot.com
ferreihenrique@gmail.com
Estou a implementar e desenvolver o projecto que tenho para o meu www.travessadoferreira.blogspot.com e que é conferir ao meu/vosso/NOSSO blogue a característica de PONTO DE ENCONTRO entre os Países fraternalmente ligados – Portugal e Brasil. E outros PALOP e etc…
Se me enviares o teu IMEILE, poderei enviar-te «coisas» que ache interessantes. Se, porém, não as quiseres, diz-me que eu paro logo. Sou muito bem-mandado (a minha mulher que o diga…) e muito obediente (cf. parênteses anterior). Abrações e queijinhos, convenientemente repartidos e distribuídos
– Desculpa por este comentário ser tão comprido e chato. Como a espada do D. Afonso Henriques…
- Já conheces o me(a)u «Morte na Picada» que acima menciono? Há quem diga que é muito bom. E até que é o melhor que se escreveu em Portugal sobre o tema. Dizem… Obviamente que não sou eu a dizê-lo… Só faltava… E também há quem tenha escrito que é SANGUE & SEXO… Malandrecos… Pelo sim, pelo não, compra-o.
Depois de o leres, se, por singular acaso, tiveres gostado dele, terás de comprar muitíssimos mais exemplares. São excelentes prendas de aniversários, casamentos, divórcios, baptizados, e datas como Natais, Carnavais, Anos Novos, Páscoas, Pentecostes, vinte e cincos de Abris, cincos de Outubro, dezes de Junhos. Até para funerais. Oferecer o «Morte» na morte fica bem em qualquer velório que se preze. E, além disso, recomenda-o, publicita-o, propagandeia-o, impinge-o aos Amigos, conhecidos, desconhecidos & outros, SARL. Os euros estão tão raros e... caros...
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A editora da obra é a Via Occidentalis (occidentalis@netcabo.pt) cujo site é www.via-occidentalis.blogs.sapo.pt. Neste blogue podem ser consultados mais dados sobre o livro, cujo preço de capa é € 14,70. ATENÇÃO: Pode ser comprado pela Internet.
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NOTA IMPORTANTE: Este texto de apreciação e informação é similar em todos os casos em que o utilizo. Digo isto, para quem não surjam dúvidas ou suspeitas sobre a repetição em diferentes blogues. E para que ninguém se sinta ludibriado – ou ofendido… Há feitios que… Mas, sublinho, apenas o uso quando o entendo, isto é, quando gosto mesmo dos que visito. Nos outros onde também vou, se não gosto, saio sem comentários. Há muitos mais. Aqui na terrinha diz-se que «se não gostas, põe na beirinha do prato…»
Liliana
As razões que levarão alguém a optar pelo suicídio, nunca as saberemos ao certo...
Mas acredito que seja um impulso desesperado!
Um poema grande, que nos obriga a reflectir no que somos e no que realmente queremos da vida ou esperamos dela.
Gostei de te visitar aqui hoje...
Beijo
Cleo
Não perguntes! Ninguém te saberá responder!
Beijo azul...Sempre!
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