Chama bravia
No meu peito arde a chama da ilusão
que percorre o meu corpo
em autentica combustão
Meu corpo desnudo
deixa-se envolver pelo fogo impetuoso
que brota do lampejo do passado
Mergulho nas cinzas
dispersas pela terra calcinada
Gritos silenciosos emergem
da garganta esfacelada
de tanto bradar
Bebo o passado límpido
como um doce veneno que me embriaga
e provoca-me espasmos de prazer fugaz
A mente lapida
como a lâmina de uma navalha
o esquecimento
Mas teimosamente a chama bravia
arde majestosa revoltando-me….
afagando-me… e nada fica igual.
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