domingo, 17 de agosto de 2008

Chama bravia


No meu peito arde a chama da ilusão
que percorre o meu corpo
em autentica combustão

Meu corpo desnudo
deixa-se envolver pelo fogo impetuoso
que brota do lampejo do passado

Mergulho nas cinzas
dispersas pela terra calcinada

Gritos silenciosos emergem
da garganta esfacelada
de tanto bradar

Bebo o passado límpido
como um doce veneno que me embriaga
e provoca-me espasmos de prazer fugaz

A mente lapida
como a lâmina de uma navalha
o esquecimento

Mas teimosamente a chama bravia
arde majestosa revoltando-me….
afagando-me… e nada fica igual.



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