sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Deita-te sobre o manto rubro com que me cubro


Deita-te sobre o manto rubro com que me cubro
embriaga-te nos fios dourados em que se entrelaçam o meu olhar
adormece nos poros húmidos do tempo…

 Silenciosamente
prende-me à tua mente de sonhador
e leva-me por entre o vento, endeusando-me sem pudor

 Deita-te sobre o manto rubro com que me cubro
esvoaça-te em gestos lentos… selváticos de cor
não tenhas pressa, amor deixa-me morrer por entre as palavras
e os sussurros num poema que já não é meu 

Deita-te sobre o manto rubro com que me cubro
e deixa-me sentir…o tempo que se perdeu


 Escrito a 2/11/14

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