Seca-se o pranto no mar
das ribeiras translúcidas
de margens enlameadas
murmurando gotículas
Secam-se as estrelas
nas noites sem cor
das planícies lunares
raiadas de dor
Secam-se os cometas
trajados de sol dispersos
na poeira cósmica da morte
Declina-se o corpo
no entardecer da vida
fausto de partir
na transparência da luz
no ensejo final de renascer
na alvorada de todas as coisas
feito vida encadeada
na orla de si
E para além do limbo existe o limite
a essência de se querer ser vida
num parto parido algures…
dentro de si
Sem comentários:
Enviar um comentário