Quero partir em viagem, perder-me na noite
deixar-me engolir pelas entranhas da terra,
descansar sobre o frio mármore do tempo
e hibernar nas cavernas soalheiras da vida
onde, a claridade das paredes reflecte
a chama bravia do meu desnudo olhar
Quero cobrir-me de flores selvagens
entrelaçadas no selvático buraco do tempo
e permitir que o frio gélido do ar
coagule o meu peito sangrante
neste berço agitado de perene (a)mar
Quero partir...ficar...hibernar
nos braços suculentos do efemero sonhar
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