sábado, 30 de agosto de 2014

As palavras secam-se nas entranhas do palato


As palavras secam-se nas entranhas do palato
o silêncio descreve esta inercia
que catapulta de mim

Reinvente-a …

Sussurra as paginas brancas do poema
ouço-me na brandura do verso
em ninhos emaranhados de ilusões
asas soltas nas palavras por escrever
sois bravios colorindo horizontes
da cor dos olhos meus

Reinvente-a ..

Gesticula as mãos translucidas da poesia
fadando o corpo teu
na longura diáfana da mente perdida
e as palavras nascem sem ecos
na sombra do verbo por dizer

Reinvento-te
no silencio da noite
desnuda de mim


Escrito a 27/07/14