quinta-feira, 29 de maio de 2008
Marasmo poético
Foge-me a inspiração
Atordoam-se as palavras
Emudece-me o coração
Esvazia-se a mente
As mãos… ah! As mãos
Aniquilam-se desalentadas
Mudo permanece o papel
Não consigo poetar
Escrever o que me faz desejar
Já nada me inspira
Nem esta dor que permanece
Nem as lágrimas dos meus olhos
Que não estancam
Nem o murmúrio do mar
Segredando-me baixinho
Nem a paisagem inebriante da vida
Nada, mas nada me faz inspirar…
Porque me abandonaste inspiração?
Embala-me novamente na tua poesia.
E faz falar meu coração.
domingo, 25 de maio de 2008
Eu vi essa ave
Eu vi essa ave
Voando em liberdade
Planando o meu mar
Tumultuoso e orvalhado
Eu vi essa ave, sim
Faminta e exausta
No meu ombro descansou
Chilreando baixinho
Palavras doces de carinho
Trazendo novidades
Do outro lado do mar
Mitigando a saudade
Que teima em ficar
Meu coração rejubilou
Com tão linda melodia
É a melodia da ternura
Enviada com sabedoria.
O mar amainou
O meu olhar brilhou
O sol enxugou
As penas molhadas da ave
que voou em liberdade
Recuperou alento
Chilrou a mensagem
E Voltou a voar
Até perder de vista
Levando nas patas
Uma flor perfumada
Com a fragrância
Da minha terna lealdade
Sabe o que fazer dela
E concluir a missão
Entregá-la docemente
Á “musa” da minha inspiração.
Voando em liberdade
Planando o meu mar
Tumultuoso e orvalhado
Eu vi essa ave, sim
Faminta e exausta
No meu ombro descansou
Chilreando baixinho
Palavras doces de carinho
Trazendo novidades
Do outro lado do mar
Mitigando a saudade
Que teima em ficar
Meu coração rejubilou
Com tão linda melodia
É a melodia da ternura
Enviada com sabedoria.
O mar amainou
O meu olhar brilhou
O sol enxugou
As penas molhadas da ave
que voou em liberdade
Recuperou alento
Chilrou a mensagem
E Voltou a voar
Até perder de vista
Levando nas patas
Uma flor perfumada
Com a fragrância
Da minha terna lealdade
Sabe o que fazer dela
E concluir a missão
Entregá-la docemente
Á “musa” da minha inspiração.
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Presa na calada da noite
Presa na calada da noite
Percorro a alameda da escuridão
Sinto as raízes da árvore secular
Enrodilhar-se no meu corpo desnudo
As folhas roçam-me incessantemente
Na cadencia do sopro gélido da penumbra
As gotículas orvalhadas de cinza
Penetram na minha epiderme descolorida
Não sinto o bater do coração
Gelado pelo iceberg da alma enegrecida
Meus olhos trespassam a escuridade
Tentando ouvir-te na claridade do dia
Mas impossível
A barreira da 5ª dimensão
Ergue-se sombria
Possuidora
Da linha dimensional do tempo
E tu cada vez mais distante
Continuas em outra dimensão
Minha boca quer gritar, mas…
Nenhum som torna-se audível
Eu permaneço presa na noite
Sem nada poder fazer
Deambulando na escuridão
Á espera de transpor esta dimensão.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Amiga linda
Na berma da minha vida
Segurei-te nas minhas mãos trémulas
Com delicadeza e ternura
Receosa, que pudesses definhar
Plantei-te … bem profundo
No jardim da minha existência
Onde mais pulsava a emoção
Reguei-te todos os dias
Com o néctar da minha dedicação
Não murchaste, cresceste majestosa
Enaltecendo todo o meu viver
Hoje, relembro o passado
Contemplo o meu jardim
E vejo-te viva, radiosa, jovial
Ondulando ao sabor da brisa
Que me afaga o coração
És a flor mais perfumada
Das fragrâncias do meu jardim
Não és ouro, nem prata…
És muito mais do que isso
És a flor mais rara que existe
A mais meigamente amada
Enraizada dentro de mim.
Será que consegues sentir
A quão preciosa és para mim?
sábado, 17 de maio de 2008
Delirare
Acaricio com os meus dedos trémulos
Os contornos aprazíveis do teu rosto
Beijo docemente um a um
Os teus olhos radiantes
Reflexo do teu pulcro ser
Olho-te apaixonadamente
Delicio-me com a tua volúpia
Sinto-te estremecer
Beijo os teus lábios
Pecados da minha insânia
Mendigo ao tempo que pare
Sussurro, palavras doces de carinho
Prolongando o teu ser
No desvario do meu desatino
Deliro, não perguntes porquê
Não tenho explicação
Deliro meramente…
Sem qualquer contestação
Entregando o meu coração
No concavo da tua mão
Os contornos aprazíveis do teu rosto
Beijo docemente um a um
Os teus olhos radiantes
Reflexo do teu pulcro ser
Olho-te apaixonadamente
Delicio-me com a tua volúpia
Sinto-te estremecer
Beijo os teus lábios
Pecados da minha insânia
Mendigo ao tempo que pare
Sussurro, palavras doces de carinho
Prolongando o teu ser
No desvario do meu desatino
Deliro, não perguntes porquê
Não tenho explicação
Deliro meramente…
Sem qualquer contestação
Entregando o meu coração
No concavo da tua mão
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Sou o fantasma da dor
Sou o fantasma da dor
Preso no tempo infinito
Soluço, mas ninguém me ouve
E tu, porque não me ouves?
Um dia ouviste-me…
Vagueio na imensidade da vida
Perdida, sem direcção
Na noite pardacenta da soidade
Deste amor que me afaga o coração
Ouves-me? Não… eu sei
Como podes ouvir um fantasma
Disperso, na 5ª dimensão?
Sou o fantasma da dor
Preso no tempo
Em completa meditação
À espera de concluir o seu ciclo
Transmutar-se novamente
Na esfera da humanização
E voltar a viver
Em plena libertação
Talvez assim me oiças
Quando eu te murmurar baixinho
Não me abandones, fica
Aquece a minha alma
Com o teu sorriso e o teu carinho.
terça-feira, 13 de maio de 2008
Contemplei perplexa
Os pedaços do meu coração
Dispersos na calçada da vida
Caídos, desamparados
Sem rumo, sem união
Gemendo baixinho
Na mais completa solidão
Juntei-os cuidadosamente
Colei-os com lágrimas ardentes
Um a um voltaram a vibrar
Unidos, palpitaram num só
No meu remendado coração
Audaz, saltou do peito
Alcançou outra dimensão
Vagueou pelo universo
Saboreando o néctar da vida
Acreditou novamente em si
Na capacidade de sonhar
Acarinhando este meu corpo
Na insânia de amar
Segredando-me docemente
A razão de tanto querer lutar.
Os pedaços do meu coração
Dispersos na calçada da vida
Caídos, desamparados
Sem rumo, sem união
Gemendo baixinho
Na mais completa solidão
Juntei-os cuidadosamente
Colei-os com lágrimas ardentes
Um a um voltaram a vibrar
Unidos, palpitaram num só
No meu remendado coração
Audaz, saltou do peito
Alcançou outra dimensão
Vagueou pelo universo
Saboreando o néctar da vida
Acreditou novamente em si
Na capacidade de sonhar
Acarinhando este meu corpo
Na insânia de amar
Segredando-me docemente
A razão de tanto querer lutar.
domingo, 11 de maio de 2008
A ti enfermeiro, gente que cuida de gente
A ti enfermeiro
Gente que cuida de gente
Amado, criticado
Desejado, tolerado
Esquecido no tempo da bonança
Querido no tempo de sofrimento
A ti enfermeiro
Que suportas a dor
No olhar de um doente
Que ris, quando queres chorar
Que amansas o teu coração
Quando te apetece gritar.
Que abafas a mágoa de seres gente
A ti enfermeiro que vagueias
Velando na calada da noite
Aqueles que confiam em ti
Em noite infindas, sofridas
Lutando contra a morte e o tempo.
A ti enfermeiro que mitigas
A alma e o corpo de quem geme
As dores de ser simples mortal
A ti enfermeiro que enalteces
O sentido da vida
A dignidade humana
Esquecendo que também és gente.
A ti, a minha homenagem
12 de Maio dia internacional do enfermeiro
Gente que cuida de gente
Amado, criticado
Desejado, tolerado
Esquecido no tempo da bonança
Querido no tempo de sofrimento
A ti enfermeiro
Que suportas a dor
No olhar de um doente
Que ris, quando queres chorar
Que amansas o teu coração
Quando te apetece gritar.
Que abafas a mágoa de seres gente
A ti enfermeiro que vagueias
Velando na calada da noite
Aqueles que confiam em ti
Em noite infindas, sofridas
Lutando contra a morte e o tempo.
A ti enfermeiro que mitigas
A alma e o corpo de quem geme
As dores de ser simples mortal
A ti enfermeiro que enalteces
O sentido da vida
A dignidade humana
Esquecendo que também és gente.
A ti, a minha homenagem
12 de Maio dia internacional do enfermeiro
sábado, 3 de maio de 2008
Sou mulher, mãe… predestinação
Sinto-te no meu útero
Ameigo-te
Floresces em amor
Consomes os nutrientes da vida
Ávida de querer viver
O tempo é efémero
Sinto a tua alacridade
Agitas-te no líquido amniótico
Tentando transmitir o teu deleite
Sinto-te crescer, pronta para nascer
Meu corpo transformado
Estremece de ternura e comoção
A dádiva da vida, acontece
Escuto o teu choro e choro contigo
Contemplo-te fascinada
Tremula de emoção
Acarinho-te nos meus braços
Olhas-me… céus
Os teus olhos são dois lagos
De águas cristalinas
Que detêm-se no tempo intemporal
Sou a força motriz da tua evolução
Musa de poetas, compositores
Pintores, escultores, artesãos…
Escultura em constante modelação
Sou mulher, mãe… predestinação
sexta-feira, 2 de maio de 2008
A tela da minha imaginação
Pinto-te numa tela
Mesmo sem saber pintar
Delineio as cores do teu rosto
Acentuo o traço do teu sorriso
Os contornos do teu corpo
Pinto-te numa aguarela
Com as cores da ilusão
Olho-te, admiro-te
Magistralmente esculpido
Na tela da minha imaginação
Ganhas vida, falas-me, sorris…
Um sorriso enigmático e sensual
Que me provoca miscelânea de sensações
Irrefreáveis…alvoroçando o meu coração
Encerro suavemente as pálpebras
Consinto que me invadas sofregamente
E lá, no amâgo do meu ser
Deixo-te feliz, permanecer.
Mas a minha dor não desaparece
Silenciosamente permanece
Abafada pela força da razão
Contemplo-te uma vez mais
Olhas-me e do teu rosto
Que eu delineei.
Sulcam lágrimas
Manchando a tela da minha imaginação.
Mesmo sem saber pintar
Delineio as cores do teu rosto
Acentuo o traço do teu sorriso
Os contornos do teu corpo
Pinto-te numa aguarela
Com as cores da ilusão
Olho-te, admiro-te
Magistralmente esculpido
Na tela da minha imaginação
Ganhas vida, falas-me, sorris…
Um sorriso enigmático e sensual
Que me provoca miscelânea de sensações
Irrefreáveis…alvoroçando o meu coração
Encerro suavemente as pálpebras
Consinto que me invadas sofregamente
E lá, no amâgo do meu ser
Deixo-te feliz, permanecer.
Mas a minha dor não desaparece
Silenciosamente permanece
Abafada pela força da razão
Contemplo-te uma vez mais
Olhas-me e do teu rosto
Que eu delineei.
Sulcam lágrimas
Manchando a tela da minha imaginação.
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